Uma recompensa magnifica

À cerca de dois anos atrás encontrei na berma do caminho um cacto partido e meio murcho. Levei-o para casa e plantei-o num vaso velho que por lá andava, com pouca esperança de sobrevivência.
Bem, ele cresceu bastante e deu rebentos, tem imensos espinhos e é impossivel tocar-lhe.
Há uns meses mudei de casa, e fiquei na duvida se deveria ou não trazê-lo comigo. Por um lado não queria deixá-lo, por outro, aqueles espinhos ameaçadores tiravam-me a vontade toda de o meter dentro do carro.
Mas ele tinha duas aliadas de peso, as minhas filhas.
Não foi fácil enfiá-lo dentro do carro. O vaso é pequeno, e ele tem cerca de 70 cm de altura, rodeado de espinhos afiados.
A viagem foi uma loucura, em cada curva ele tombava para cima de mim, e picou-me nos braços pelo menos duas vezes, fora aquelas a que me desviei a tempo. Fartei-me de resmungar, e as filhas sempre a perguntar se eu estava bem e os outros condutores a olharem de lado, por não perseberem porque motivo eu fazia as curvas devagarinho!
Enfim chegámos, e arrumei-o num canto do quintal. No outro dia reparei que tinha um botão de flôr...
Hoje esse botão abriu-se numa explendorosa flôr, e dela emanava um perfume agradável. Tem cerca de 15 cm de diâmetro, e é linda.
Valeram a pena todas as picadelas.