quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Esterilização



O Cão que morde, está a fazer uma petição para a obrigação de todos os animais de companhia não pertencentes a criadores não autorizados, serem esterilizados.

Muitos são os critérios e opiniões acerca deste tema, e certamente acabará por ser polémico.

Vendo bem as coisas , os canis municipais e não só, estão super cheios de animais que um dia foram levados para casa de alguém em bebés e depois cresceram e tornaram-se um incómodo. Outros são lá abandonados dentro de caixotes, tão pequeninos que nem se mexem. Ainda há aqueles que são lá amarrados á porta, pois alguém se há-de ocupar deles.

Na verdade este é um problema que o próprio Homem criou e agora tenta tudo por tudo desenvencilhar-se dele sem danos próprios.

Muitas pessoas têm cadelas e gatas que deixam andar livremente na rua , mesmo durante o cio, ou simplesmente trancam-nas num quintal achando que assim resolvem o assunto. Só que a Natureza fala mais alto e quando as crias nascem, têm três opções:

*Matam-nos, e livram-se do problema no mesmo dia.

*Deixam-nos ficar durante um mês, e depois abandonam-nos algures longe de casa, porque olhos que não vêem , coração que não sente. E livram-se do problema.

*Arranjam um dono qualquer que os acha bonitinhos (com sorte até vão parar a boas mãos), nunca mais sabem nada deles e livram-se do problema.

Bem, isto até á próxima ninhada.

Os vadios vão proliferando e as autarquias levam-nos para estes cantinhos onde os tratam bem ... até chegar o dia em que não há espaço para mais, e a sua vida tem de acabar para dar espaço a outra mais nova. Todos os anos são abatidos centenas de cães e gatos rafeiros (e agora também os há de raças puras), cujo único crime foi terem nascido. Mesmo assim os albergues de animais sem dono estão de tal maneira com problemas de espaço e financeiro que já pedem ajuda a todos para poderem continuar esta luta desigual.

As campanhas de adopção de animais feitas, de quando em quando pelo país fora, não resolve problema algum, até porque todos sabemos que a maioria dos animais adoptados nesse dia, volta para rua nos próximos. As razões são várias; Fazem chi-chi no chão (claro que sim, os nossos filhos se não usassem fraldas também faziam), roem coisas (lógico, se não tiverem um brinquedo atacam as pantufas), crescem (nós também). Depois ainda há a falta de tempo que cada vez é maior. Muitas pessoas não têm tempo para os filhos , quanto mais para os bichos. Claro que adopções mal pensadas acabam no olho da rua.

Castrando as fêmeas acaba-se com uma boa parte do problema. Os donos livram-se dos incómodos de terem de aturar o cio, sempre com os machos da vizinhança a rondar, e depois não há mais bebés para mandar embora. Mas os machos também tem de ser castrados, porque quando a Natureza chama, e eles "não podem lá ir", isso é-lhes fisicamente muito difícil. Aliás os homens sabem isso muito bem , não é?

O meu gato está castrado desde os 10 meses e é feliz assim. Muito mais do que antes de o ser , que andava a acasalar com o espanador do pó pela casa fora. Uma vergonha, Eh, he, he.

Já tive de me deparar com uma situação terrível de uma gata que resolveu morar no meu quintal e, claro está, aí ter os seus filhotes. Com ela veio o seu macho preferido que era o único que lá podia entrar. Depois da primeira ninhada, e como ela não ia embora , comecei a dar-lhe a pílula. Pois, teria resolvido, mas ela engravidou á mesma e desta vez vieram seis. Três mortos e deficientes devido ao medicamento que eu lhe dava sem saber da gravidez.

No fim das contas tive de arranjar dono para cinco bebes, e só sei do paradeiro de um( que está bem). Para ela e o "marido", arranjei uns donos que nunca mais me disseram nada, por isso o mais certo é estarem na rua, ou mortos.

Se os antigos donos (Ele era um Siamês enorme e manso, e ela uma rafeirinha super meiga , só queriam colo), os tivessem castrado, não andariam por aí sete á solta, mais aqueles que eu não sei.

Penso que seria uma boa solução a longo prazo para os nossos amigos patinhas, sem sofrimento, e sem terem de morrer. Justo seria aplicar-lhes o Ship no acto da adopção ou compra e assim seria mais fácil localizar futuros donos irresponsáveis , e penaliza-los.

4 comentários:

o_cao_que_morde disse...

Padora, conseguistes defender muito melhor do que eu a Petição
Muito obrigado

greentea disse...

é complicado !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

h´+a animais em excesso , há criadores inconscientes, mesmo qd o0s cães têm pedigree, LOP e Livro de registo e concorrem a exposiçõess.
Em tempos idos concorri a diversass exposições caninas e os meus cães foram muitas vezes premiados e qd tive ninhadas só os entreguei a quem efectivamente os trtaria bem ...um a vez apareceu-me um vet (q só no fim o disse) a acompanhar uma sobrinha que queria levar o cachorro para os Açores; doutra vez um senhor de Aveiro que combinou às seis da tarde e chegou às dez da noite ! Já tinha dado de jantar ao cachorro e disse-lhe que agora ele iria vomitar na viagem tão longa : "não tem importancia, se sujar , limpa-se que ele vai ao meu lado no banco da frente e depois dormirtá no meu quarto , onde já dorme a cadela da mesma raça...."

Assim vale a pena ouvir!
Nunca castrei nenhum cão e o único que agora tenho já está velho com quase 12 anos. O Chip vai ser obrigatório para todos a partir de 2008, mas h´de facto q tomar medidas contra a proliferação de animais de companhia, contra o negócio pet e das rações q falas abaixo, abandonos etc

os maus tratos a animais são prenúncio de maus tratos a mulheres e crianças, à pedofilia , aos assassinios....


Um beijo para ti

Afgane disse...

Estou de acordo contigo e toca a divulgar e assinar a petição
beijos

Eva Lima disse...

Assinar, eu já assinei, duvido que vá avante;)
O que acho que devia ter prioridade era tornar o chip obrigatório, para que se poder responsabilizar os donos

Tal como acho que deveria haver maior fiscalização no uso de açaimes e trelas. Como sabes adoro animais mas não tenho que "levar" com um cãozinho histérico quando vou para uma reunião de trabalho (aconteceu-me, um caniche esganiçado rasgar-me as meias e fazer-me um bruto arranhão na perna quando ia para uma reunião importante)