segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Riscos e Rabiscos novamente no Mirita Casimiro


Apartir de dia 1 de Setembro até dia 15, estará patente ao publico no Auditório Mirita Casimiro, mais uma exposição de grafismos.
Continuo a trabalhar neles como o tempo vai deixando, e desta vez, 10% da venda de cada quadro reverterá a favor de uma instituição de solidariedade social (á escolha do comprador).
Estão todos convidados a aparecer, das 9h00 até ás 19h00. Aos fins de semana o auditório está fechado.
Beijos e até lá!
"Quando as mãos têm vontade própria, então é deixa-las voar.

Elas são os olhos da minha alma, que durante vinte e dois anos riscou e rabiscou, por todo o lado, deitou fora as suas emoções, e nada ficou para mostrar.

Tudo começa com um traço, e outro que se lhe junta. Sucedem-se as linhas, os pontos, traços mais fortes, e os que ficam invisíveis. Nada é apagado, nada é corrigido. Tudo se transforma nas imagens que rodeiam a minha mente, e que, diariamente me fazem sonhar com mais e mais coisas para vos mostrar.

No branco do suporte encontro imagens que nos rodeiam, mas que os nossos olhos não vêem. São células e veias, carregadas de seiva das folhas verdejantes que comemos, e que matamos. São teias e casulos de bichos que odiamos. São ensaios para outras coisas que ainda não sei.

A silhueta de uma árvore despida pelo tempo, onde o tronco se ramifica infindavelmente em hastes cada vez mais finas e sinuosas, em direcção ao universo desconhecido, transformam-se em raízes de pernas para o ar, cada vez mais ramificadas e sensíveis, carregadas de vida, ou secas como a morte. Sendo tão idênticas e no entanto tão distintas, são formas que me fascinam.

As minhas mãos têm vontade própria, e eu não as consigo parar.

Não sou eu que mando…são elas que lêem a minha alma."

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